A BIOTECNOLOGIA NO ENEM

Nas últimas 10 edições do ENEM, biotecnologia é um tema recorrente nas provas de ciências da natureza e suas tecnologias. Por isso é importante ter conhecimento sobre essa área da biologia e suas principais técnicas.

A biotecnologia consiste no uso de seres vivos, suas células, estruturas celulares e moléculas no desenvolvimento de produtos úteis para a sociedade, e apresenta contribuições em diversas áreas:

* Indústria farmacêutica: produção de hormônios humanos, como a insulina, vacinas e antibióticos.

* Indústria alimentícia: produção de queijos, iogurtes, cervejas e vinhos.

* Indústria de combustíveis: produção de combustíveis como o etanol e o biogás.

* Agricultura: produção de adubos e plantas transgênicas.

Nessa técnica são utilizados microrganismos no preparo de alimentos e bebidas como o vinho. A fermentação foi uma das primeiras técnicas da biotecnologia, antes mesmo de qualquer conhecimento sobre microrganismos e da própria criação do termo “biotecnologia”.

Desde os tempos mais longínquos, o homem utilizou microorganismos para preparar bebidas e alimentos. A descoberta dos processos fermentativos é um acontecimento que ocorreu várias vezes em momentos diferentes da história da humanidade.

A fermentação traz duas vantagens fundamentais: a eliminação das substâncias tóxicas de alguns grãos, e a preservação dos alimentos. Fermentação é um termo que deriva do latim fervere (ferver), decorrente do aparecimento de bolhas ocasionado pela produção de dióxido de carbono resultante da ação de microorganismos (leveduras ou bactérias) sobre o material orgânico.

Técnica onde é retirado um gene de interesse de uma célula doadora de determinada espécie, em seguida esse gene é unido com o DNA circular (plasmídio) de uma bactéria. Após a incorporação do DNA recombinante, as bactérias, com a informação do gene que receberam, serão capazes de produzir um nova proteína, conforme os genes do fragmento de DNA isolados inicialmente.

A indústria farmacêutica usa essa técnica para a produção, por exemplo, de insulina humana, o gene humano responsável pela produção desse hormônio é inserido em uma bactéria, que, crescendo em meio de cultura favorável, tende a se multiplicar rapidamente. Assim, logo haverá grande quantidade de bactérias produzindo insulina humana, como se fossem microfábricas do hormônio.

As células-tronco surgem no ser humano, ainda na fase embrionária, quando as células ainda “não decidiram o que irão ser” ou seja, não têm uma função específica, não formaram nenhum tipo de tecido, por isso são chamadas de células indiferenciadas e têm potencial para originar e regenerar qualquer tecido do corpo humano. 

Após o nascimento, alguns órgãos ainda mantêm dentro de si uma pequena porção de células-tronco, nesse caso chamadas de adultas, que são responsáveis pela renovação constante desse órgão específico, e não apresentam o mesmo potencial das células- tronco embrionárias. Um exemplo é a célula-tronco hematopoética, que no adulto se localiza na medula óssea vermelha, que é responsável pela geração de células do sangue.

O Mapeamento Genético tem como função analisar o genoma de um organismo, com o objetivo de encontrar e marcar genes. Esta técnica pode ser utilizada para encontrar genes responsáveis por doenças hereditárias, podendo auxiliar em um diagnóstico precoce.

Essa técnica consiste em isolar e retirar um gene de interesse de uma espécie e inseri-lo em outra espécie, que é chamada de transgênico, pois recebe um gene (transgene) de outra espécie. A transgenia é usada em diversas áreas, mas principalmente na agricultura onde são buscados espécies que apresentem genes resistentes a pragas, que são retirados e inseridos em plantas para torná-las mais resistentes ou até mesmo mais produtivas.

No milho transgênico, por exemplo, são introduzidos genes da bactéria de solo Bacillus thuringiensis, esses genes são capazes de produzir uma toxina na planta, específica para o combate a determinados tipos de insetos, tornando o alimento resistente a pragas.

Pelo processo de clonagem, indivíduos (chamados clones) são gerados do material genético fornecido por células somáticas (as que constituem o corpo) de um indivíduo, ou seja, sem o encontro do óvulo com o espermatozoide. Por isso, os clones são geneticamente idênticos ao indivíduo doador do núcleo da célula somática. Em vegetais, essa técnica é usada há muito tempo e consiste em conseguir novas plantas por meio de mudas (fragmentos do caule ou folhas) obtidas do indivíduo cuja proliferação é desejável. Em animais, no entanto, só se tornou mundialmente conhecida após a divulgação da clonagem da ovelha Dolly, em 1997.

Prof: Ronielson Lima