Este bioma abrange uma área de 210 mil km2, que se estende pelo Rio Grande do Sul e ultrapassa as fronteiras com o Uruguai e Argentina. Os campos sulinos são marcados pelo clima subtropical, isto é, apresenta temperaturas amenas e chuvas regulares durante todo o ano. A vegetação é predominantemente herbácea, com alturas que variam de 10 a 50 cm.
No litoral do Rio Grande do Sul, a paisagem já se apresenta diferenciada, com ambientes alagados e a vegetação é formada por espécies como o junco, gravatás e aguapés, habitat ideal para existência de uma expressiva fauna. Nas encostas do planalto, ocorrem os chamados campos altos, área de transição com predomínio de araucárias – sendo mais conhecida como Mata dos Pinhais.
Por apresentar solo fértil e condições naturais favoráveis, os Campos Sulinos atraíram muitos agricultores e pecuaristas para a região, que se expandiram as áreas agropecuárias de maneira inadequada e sem planejamento, gerando como consequências o desgaste do solo iniciando um processo de desertificação, em áreas do bioma.Os Campos em geral, parecem ser formações edáficas (do próprio solo) e não climáticas. A pressão do pastoreio e a prática do fogo não permitem o estabelecimento da vegetação.
A conversão dos campos em outros tipos de uso vem transformando profundamente sua paisagem e colocando suas espécies sob ameaça de extinção. As queimadas ilegais, praticadas anualmente, estão entre os principais problemas que afetam os Campos Sulinos.
Outro uso ecologicamente nocivo a esse ambiente é sua conversão direta uso agrícola. A expansão dos plantios de soja tem descaracterizado intensamente a paisagem. Os Campos Sulinos têm sido ainda fustigados pela proliferação descontrolada de espécies exóticas. Esse processo de invasão foi iniciado a partir de plantios de pinus e eucaliptos realizados ao longo de rodovias, o que tem ocasionado a perda da biodiversidade do bioma.
Clima
O clima nos campos sulinos é caracterizado com altas temperaturas no verão, chegando a 35ºC, e o inverno é marcado com geadas e neve em algumas regiões, marcando temperaturas negativas. A precipitação anual situa-se em torno de 1.200 mm, com chuvas concentradas nos meses de inverno. O clima é frio e úmido.
Flora
A vegetação predominante é de gramíneas, representadas pelos gêneros Andropogon, Aristida, Paspalum, Panicum e Eragrotis, leguminosas e compostas. As árvores de maior porte são fornecedoras de madeira, tais como o louro-pardo, o cedro, a cabreúva, a grápia, a guajuvira, a caroba, a canafístula, a bracatinga, a unha-de-gato, o pau-de-leite, a canjerana, o guatambu, a timbaúva, o angico-vermelho, entre outras espécies características como, a palmeira-anã (Diplothemium campestre). Os campos sulinos possuem uma diversidade de mais de 515 espécies.
Já os terrenos planos das planícies e planaltos gaúchos e as coxilhas, de relevo suave-ondulado, são colonizados por espécies pioneiras campestres que formam uma vegetação tipo savana aberta. Há ainda áreas de florestas estacionais e de campos de cobertura gramíneo-lenhosa.
Fauna
É um dos ecossistemas mais ricos em relação à biodiversidade de espécies animais, contando com espécies endêmicas, raras, ameaçadas de extinção, espécies migratórias, cinegéticas e de interesse econômico dos campos sulinos.
Entre os mamíferos, 39% também são endêmicos, o mesmo ocorrendo com a maioria das borboletas, dos répteis, dos anfíbios e das aves nativas. Nela sobrevivem mais de 20 espécies de primatas, a maior parte delas endêmicas.
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