QUESTÕES DO ENEM – EVOLUÇÃO (PARTE I)

Questões do ENEM das edições de 1998 a 2012, sobre evolução.
 

1 – (ENEM 1998) O assunto na aula de Biologia era a evolução do Homem. Foi apresentada aos alunos uma árvore filogenética, igual à mostrada na ilustração, que relacionava primatas atuais e seus ancestrais.

Após observar o material fornecido pelo professor, os alunos emitiram várias opiniões, a saber:
I – os macacos antropoides (orangotango, gorila e chimpanzé e gibão) surgiram na Terra mais ou menos
contemporaneamente ao Homem.
II – alguns homens primitivos, hoje extintos, descendem dos macacos antropoides.
III – na história evolutiva, os homens e os macacos antropoides tiveram um ancestral comum.
IV -não existe relação de parentesco genético entre macacos antropoides e homens.
Analisando a árvore filogenética, você pode concluir que:
(A) todas as afirmativas estão corretas.
(B) apenas as afirmativas I e III estão corretas.
(C) apenas as afirmativas II e IV estão corretas.
(D) apenas a afirmativa II está correta.
(E) apenas a afirmativa IV está correta.
2 – (ENEM 1998) Foram feitas comparações entre DNA e proteínas da espécie humana com DNA e proteínas de diversos primatas. Observando a árvore filogenética, você espera que os dados bioquímicos tenham apontado, entre os primatas atuais, como nosso parente mais próximo o:
(A) Australopithecus.
(B) Chimpanzé.
(C) Ramapithecus.
(D) Gorila.
(E) Orangotango.
3 – (ENEM 1998) Se fosse possível a uma máquina do tempo percorrer a evolução dos primatas em sentido contrário, aproximadamente quantos milhões de anos precisaríamos retroceder, de acordo com a árvore filogenética apresentada, para encontrar o ancestral comum do homem e dos macacos antropóides (gibão, orangotango, gorila e chimpanzé)?
(A) 5
(B) 10
(C) 15
(D) 30
(E) 60
4 – (ENEM 2000) No mapa, é apresentada a distribuição geográfica de aves de grande porte e que não voam.
Há evidências mostrando que essas aves, que podem ser originárias de um mesmo ancestral, sejam, portanto, parentes. Considerando que, de fato, tal parentesco ocorra, uma explicação possível para a separação geográfica dessas aves, como mostrada no mapa, poderia ser:
(A) a grande atividade vulcânica, ocorrida há milhões de anos, eliminou essas aves do Hemisfério Norte.
(B) na origem da vida, essas aves eram capazes de voar, o que permitiu que atravessassem as águas oceânicas, ocupando vários continentes.
(C) o ser humano, em seus deslocamentos, transportou essas aves, assim que elas surgiram na Terra, distribuindo-as pelos diferentes continentes.
(D) o afastamento das massas continentais, formadas pela ruptura de um continente único, dispersou essas aves que habitavam ambientes adjacentes.
(E) a existência de períodos glaciais muito rigorosos, no Hemisfério Norte, provocou um gradativo deslocamento dessas aves para o Sul, mais quente.
5 – (ENEM 2001) “Os progressos da medicina condicionaram a sobrevivência de número cada vez maior de indivíduos com constituições genéticas que só permitem o bem-estar quando seus efeitos são devidamente controlados através de drogas ou procedimentos terapêuticos. São exemplos os diabéticos e os hemofílicos, que só sobrevivem e levam vida relativamente normal ao receberem suplementação de insulina ou do fator VIII da coagulação sanguínea”.
SALZANO, M. Francisco. Ciência Hoje: SBPC: 21(125), 1996.
Essas afirmações apontam para aspectos importantes que podem ser relacionados à evolução humana. Pode-se afirmar que, nos termos do texto,
(A) os avanços da medicina minimizam os efeitos da seleção natural sobre as populações.
(B) os usos da insulina e do fator VIII da coagulação sanguínea funcionam como agentes modificadores do genoma humano.
(C) as drogas medicamentosas impedem a transferência do material genético defeituoso ao longo das gerações.
(D) os procedimentos terapêuticos normalizam o genótipo dos hemofílicos e diabéticos.
(E) as intervenções realizadas pela medicina interrompem a evolução biológica do ser humano.
6 (ENEM 2004)
O que têm em comum Noel Rosa, Castro Alves, Franz Kafka,
Álvares de Azevedo, José de Alencar e Frédéric Chopin?
Todos eles morreram de tuberculose, doença que ao longo dos séculos fez mais de 100 milhões de vítimas. Aparentemente controlada durante algumas décadas, a tuberculose voltou a matar. O principal obstáculo para seu controle é o aumento do número de linhagens de bactérias resistentes aos antibióticos usados para combatê-la. Esse aumento do número de linhagens resistentes se deve a
(A) modificações no metabolismo das bactérias, para neutralizar o efeito dos antibióticos e incorporá-los à sua nutrição.
(B) mutações selecionadas pelos antibióticos, que eliminam as bactérias sensíveis a eles, mas permitem que as resistentes se multipliquem.
(C) mutações causadas pelos antibióticos, para que as bactérias se adaptem e transmitam essa adaptação a seus descendentes.
(D) modificações fisiológicas nas bactérias, para torná-las cada vez mais fortes e mais agressivas no desenvolvimento da doença.
(E) modificações na sensibilidade das bactérias, ocorridas depois de passarem um longo tempo sem contato com antibióticos.
7 – (ENEM 2005) As cobras estão entre os animais peçonhentos que mais causam acidentes no Brasil, principalmente na área rural. As cascavéis (Crotalus), apesar de extremamente venenosas, são cobras que, em relação a outras espécies, causam poucos acidentes a humanos. Isso se deve ao ruído de seu “chocalho”, que faz com que suas vítimas percebam sua presença e as evitem. Esses animais só atacam os seres humanos para sua defesa e se alimentam de pequenos roedores e aves. Apesar disso, elas têm sido caçadas continuamente, por serem facilmente detectadas. Ultimamente os cientistas observaram que essas cobras têm ficado mais silenciosas, o que passa a ser um problema, pois, se as pessoas não as percebem, aumentam os riscos de acidentes.
A explicação darwinista para o fato de a cascavel estar ficando mais silenciosa é que
(A) a necessidade de não ser descoberta e morta mudou seu comportamento.
(B) as alterações no seu código genético surgiram para aperfeiçoá-la.
(C) as mutações sucessivas foram acontecendo para que ela pudesse adaptar-se.
(D) as variedades mais silenciosas foram selecionadas positivamente.
(E) as variedades sofreram mutações para se adaptarem à presença de seres humanos.
8 – (ENEM 2005) Foi proposto um novo modelo de evolução dos primatas elaborado por matemáticos e biólogos. Nesse modelo o grupo de primatas pode ter tido origem quando os dinossauros ainda habitavam a Terra, e não há 65 milhões de anos, como é comumente aceito.
Examinando esta árvore evolutiva podemos dizer que a divergência entre os macacos do Velho Mundo e o grupo dos grandes macacos e de humanos ocorreu há aproximadamente
(A) 10 milhões de anos.
(B) 40 milhões de anos.
(C) 55 milhões de anos.
(D) 65 milhões de anos.
(E) 85 milhões de anos.
9 – (ENEM 2006) Entre 8 mil e 3 mil anos atrás, ocorreu o desaparecimento de grandes mamíferos que viviam na América do Sul. Os mapas a seguir apresentam a vegetação dessa região antes e depois de uma grande mudança climática que tornou essa região mais quente e mais úmida.
As hipóteses a seguir foram levantadas para explicar o desaparecimento dos grandes mamíferos na América do Sul.
I. Os seres humanos, que só puderam ocupar a América do Sul depois que o clima se tornou mais úmido, mataram os grandes animais.
II. Os maiores mamíferos atuais precisam de vastas áreas abertas para manterem o seu modo de vida, áreas essas que desapareceram da América do Sul com a mudança climática, o que pode ter provocado a extinção dos grandes mamíferos sul-americanos.
III. A mudança climática foi desencadeada pela queda de um grande asteroide, a qual causou o desaparecimento dos grandes mamíferos e das aves.
É cientificamente aceitável o que se afirma
A) apenas em I.
B) apenas em II.
C) apenas em III.
D) apenas em I e III.
E) em I, II e III.
10 – (ENEM 2007) As mudanças evolutivas dos organismos resultam de alguns processos comuns à maioria dos seres vivos. É um processo evolutivo comum a plantas e animais vertebrados:
A) movimento de indivíduos ou de material genético entre populações, o que reduz a diversidade de genes e cromossomos.
B) sobrevivência de indivíduos portadores de determinadas características genéticas em ambientes específicos.
C) aparecimento, por geração espontânea, de novos indivíduos adaptados ao ambiente.
D) aquisição de características genéticas transmitidas aos descendentes em resposta a mudanças ambientais.
E) recombinação de genes presentes em cromossomos do mesmo tipo durante a fase da esporulação.
11 – (ENEM 2009) Os ratos Peromyscus polionotus encontram-se distribuídos em ampla região na América do Norte. A pelagem de ratos dessa espécie varia do marrom claro até o escuro, sendo que os ratos de uma mesma população têm coloração muito semelhante. Em geral, a coloração da pelagem também é muito parecida à cor do solo da região em que se encontram, que também apresenta a mesma variação de cor, distribuída ao longo de um gradiente sul-norte. Na figura, encontram-se representadas sete diferentes populações de P. polionotus. Cada população é representada pela pelagem do rato, por uma amostra de solo e por sua posição geográfica no mapa.
O mecanismo evolutivo envolvido na associação entre cores de pelagem e de substrato é
A) a alimentação, pois pigmentos de terra são absorvidos e alteram a cor da pelagem dos roedores.
B) o fluxo gênico entre as diferentes populações, que mantém constante a grande diversidade interpopulacional.
C) a seleção natural, que, nesse caso, poderia ser entendida como a sobrevivência diferenciada de indivíduos com características distintas.
D) a mutação genética, que, em certos ambientes, como os de solo mais escuro, têm maior ocorrência e capacidade de alterar significativamente a cor da pelagem dos animais.
E) a herança de caracteres adquiridos, capacidade de organismos se adaptarem a diferentes ambientes e transmitirem suas características genéticas aos descendentes.
12 – (ENEM 2010) Alguns anfíbios e répteis são adaptados à vida subterrânea. Nessa situação, apresentam algumas características corporais como, por exemplo, ausência de patas, corpo anelado que facilita o deslocamento no subsolo e, em alguns casos, ausência de olhos.
Suponha que um biólogo tentasse explicar a origem das adaptações mencionadas no texto utilizando conceitos da teoria evolutiva de Lamark. Ao adotar esse ponto de vista, ele diria que
A) as características citadas no texto foram originadas pela seleção natural.
B) a ausência de olhos teria sido causada pela falta de uso dos mesmos, segundo a lei do uso e desuso.
C) o corpo anelado é uma característica fortemente adaptativa, mas transmitida apenas à primeira geração de descendentes.
D) as patas teriam sido perdidas pela falta de uso e, em seguida, essa característica foi incorporada ao patrimônio genético e então transmitidas aos descendentes.
E) as características citadas no texto foram adquiridas por meio de mutações e depois, ao longo do tempo, foram selecionadas por serem mais adaptadas ao ambiente em que os organismos se encontram.
13 – (ENEM 2010) Experimentos realizados no século XX demonstraram que hormônios femininos e mediadores químicos atuam no comportamento materno de determinados animais, como cachorros, gatos e ratos, reduzindo o medo e a ansiedade, o que proporciona maior habilidade de orientação espacial. Por essa razão, as fêmeas desses animais abandonam a prole momentaneamente, a fim de encontrar alimentos, o que ocorre com facilidade e rapidez. Ainda, são capazes de encontrar rapidamente o caminho de volta para proteger os filhotes.
VARELLA, D. Borboletas da alma: escritos sobre ciência e saúde. Companhia das Letras, 2006 (adaptado).
Considerando a situação descrita sob o ponto de vista da hereditariedade e da evolução biológica, o comportamento materno decorrente da ação das substâncias citadas é
A) transmitido de geração a geração, sendo que indivíduos portadores dessas características terão mais chance de sobreviver e deixar descendentes com as mesmas características.
B) transmitido em intervalos de gerações, alternando descendentes machos e fêmeas, ou seja, em uma geração recebem a característica apenas os machos e, na outra geração, apenas as fêmeas.
C) determinado pela ação direta do ambiente sobre a fêmea quando ela está no período gestacional, portanto todos os descendentes receberão as características.
D) determinado pelas fêmeas, na medida em que elas transmitem o material genético necessário à produção de hormônios e dos mediadores químicos para sua prole de fêmeas, durante o período gestacional.
E) determinado após a fecundação, pois os espermatozoides dos machos transmitem as características para a prole e, ao nascerem, os indivíduos são selecionados pela ação do ambiente.
14 – (ENEM 2011) Diferente do que o senso comum acredita, as lagartas de borboletas não possuem voracidade generalizada. Um estudo mostrou que as borboletas de asas transparentes da família Ithomiinae, comuns na Floresta Amazônica e na Mata Atlântica, consomem, sobretudo, plantas da família Solanaceae, a mesma do tomate. Contudo, os ancestrais dessas borboletas consumiam espécies vegetais da família Apocinaceae, mas a quantidade dessas plantas parece não ter sido suficiente para garantir o suprimento alimentar dessas borboletas. Dessa forma, as solanáceas tornaram-se uma opção de alimento, pois são abundantes na Mata Atlântica e na Floresta Amazônica.
Cores ao vento. Genes e fósseis revelam origem e diversidade de borboletas sul-americanas. Revista Pesquisa FAPESP. N° 170, 2010 (adaptado).
Nesse texto, a ideia do senso comum é confrontada com os conhecimentos científicos- ao se entender que as larvas das borboletas Ithomiinae encontradas atualmente na Mata Atlântica e na Floresta Amazônica, apresentam
A) facilidade em digerir todas as plantas desses locais.
B) interação com as plantas hospedeiras da família Apocinaceae.
C) adaptação para se alimentar de todas as plantas desses locais.
D) voracidade indiscriminada por todas as plantas existentes nesses locais.
E) especificidade pelas plantas da família Solanaceae existentes nesses locais.
15 – (ENEM 2012) A imagem representa o processo de evolução das plantas e algumas de suas estruturas. Para o sucesso desse processo, a partir de um ancestral simples, os diferentes grupos vegetais desenvolveram estruturas adaptativas que lhes permitiram sobreviver em diferentes ambientes.
Qual das estruturas adaptativas apresentadas contribuiu para uma maior diversidade genética?
A) As sementes aladas, que favorecem a dispersão aérea.
B) Os arquegônios, que protegem o embrião multicelular.
C) Os grãos de pólen, que garantem a polinização cruzada.
D) Os frutos, que promovem uma maior eficiência reprodutiva.
E) Os vasos condutores, que possibilitam o transporte da seiva bruta.
GABARITO
1 – D
2 – B
3 – C
4 – D
5 – A
6 – B
7 – D
8 – B
9 – B
10 – B
11 – C
12 – B
13 – A
14 – E
15 – C

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