Você sabia que as piranhas também comem vegetais, ao contrário do que todos pensam carne não é a única alimentação das piranhas.
Poucos peixes no Brasil metem mais medo do que a piranha. Graças às histórias contadas por quem vive às margens dos rios habitados por elas, assim como aos filmes de aventura e suspense, esses peixes ganharam a fama de carnívoros e assassinos. Mas não é que a realidade é diferente do que indicam as pessoas e o cinema? Isso porque, das 35 espécies de piranha existentes, apenas três são agressivas e territorialistas, ou seja, defendem com toda energia o lugar onde vivem. Além disso, ao contrário do que muita gente imagina, o prato principal desses peixes não é a carne, mas, sim, os vegetais!
Pois é: os ictiólogos – cientistas que estudam os peixes – descobriram que, no estômago das piranhas, encontra-se, principalmente, material de origem vegetal. Pequenos invertebrados, insetos e pedaços de animais, são apenas uma pequena parcela do que foi ingerido por esses peixes, o que indica que eles comem, sobretudo, vegetais.
FAMA DE ASSINAS
Mas por que, então, as piranhas ganharam a fama de assassinas? Porque as espécies mais agressivas nadam em cardumes e são peixes predadores oportunistas, ou seja, que se alimentam em grupo e de acordo com o que está disponível no ambiente.
Por exemplo, se perceber movimentações incomuns, que podem significar que um animal está ferido ou em dificuldade, a piranha pode aparecer sozinha ou em grupo para atacá-lo. Por isso, nos rios, em lagos fechados da Amazônia e do Pantanal e, principalmente, em açudes e lagos artificiais habitados por piranhas, deve-se tomar cuidado ao lavar peixes, couro ou qualquer animal sangrando.
Além disso, como os acidentes com piranhas normalmente acontecem fora d’água, quando o pescador retira o peixe da rede de pesca ou o anzol da sua boca, é preciso tomar todo cuidado ao manuseá-la, pois os dentes desses animais são muito afiados. Tanto que alguns índios os usam para cortar cabelo ou fibras de palmeiras bem como para preparar flechas.
Jorge Ivan Rebelo Porto,
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
Fonte: Revista “Ciência Hoje”
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